Essa parceria rendeu outros álbuns "Wilson Simonal", com destaque para a canção "Garota Moderna" e "S'imbora", ambos de 1965.
As capas de seus discos mostravam toda sua irreverência, como exemplo da capa de um compacto que mostra sua alegria, a camisa colorida e o selo dos patrocinadores estampados em uma época que a liberdade era controlada.
Em 1966 o álbum "Vou Deixar Cair" popularizou o ritmo dançante de Simonal emplacando nas paradas "Meu Limão Meu Limoeiro" e "Mamãe passou açúcar em mim". Tanto sucesso levou o artista á TV Record, lançando o programa "Show em Si...monal" que lhe rendeu um álbum gravado ao vivo.
A partir de 1962 Wilson Simonal lançou uma série de quatro álbuns intitulados "Alegria Alegria" com participações de grandes artistas como Jorge Ben e Caetano Veloso. E embalado por grandes sucessos como : "Sá Marina","Zazueira", "Que Maravilha" e "País Tropical".
Em 1970, a venda de seus discos chegou em 500 mil, ultrapassando o Rei Roberto Carlos. Mas com a intensa repressão da ditadura, Simonal foi acusado como informante do regime militar e seu álbum "Jóia" caiu nas paradas. Os rádios começaram a se recusar a tocar suas músicas, músicos o boicotavam e não havia mais espaço para ele na televisão. A gravadora então rescindiu seu contrato.
Seus discos lançados logo após o escândalo como “Se Dependesse de Mim” (1972) e “Ninguém Proíbe o Amor” (1975) não causaram impacto. Ainda tentou retomar o sucesso com o compacto "A Vida é só para cantar", mas a mídia logo lembrou sua fama de delator.
Os álbuns seguintes “Se Todo Mundo Cantasse Seria Bem Mais Fácil Viver” (1979), “Simonal” (1983), “Alegria Tropical”(1985), “Os Sambas da Minha Terra”(1991) e “Bem Brasil – Estilo Simonal” (1998, seu 37o e último álbum) não tiveram repercussão, e Simonal ficou restrito a apresentações em pequenos clubes e boates
Apesar de sua popularidade em países como Chile e Cuba, Simonal nunca conseguiu se recuperar artisticamente e morreu no ostracismo aos 62 anos, em São Paulo, vítima de falência múltipla nos órgãos. Seus filhos, hoje os cantores Wilson Simoninha e Max de Castro pretendem recuperar o legado musical do pai. Em 2009, estreou nos cinemas o documentário “Ninguém Sabe O Duro Que Dei”.
Postado por Cecília Escobar
Nenhum comentário:
Postar um comentário