terça-feira, 22 de junho de 2010

Seja o Disco! Sleeveface

Uma nova mania surgiu na internet. Ela envolve capas de vinis, câmeras fotográficas e muita imaginação. Atendendo pelo nome de sleeveface, a brincadeira consiste em usar a capa de um LP como parte de seu corpo, dando vida à imagem do disco. Criador da nova tendência, Carl Morris revelou em entrevista ao blog Collab Docs que tudo surgiu de um acidente: “Há alguns anos atrás, enquanto eu trabalhava de DJ em um bar de Cardiff, no país de Gales, eu segurei um disco bem em frente do meu rosto e um amigo tirou uma foto. Era o MacCartney II do Paul MacCartney (cuja capa é um close no rosto do músico, proporcionando um sleeveface perfeito). Eu postei aquela imagem em um fórum online sobre música. Esse foi o passo inicial para o sucesso que viria depois”. Morris e seus amigos logo começaram a revirar suas coleções atrás de outras capas que servissem para repetir o feito e postar o resultado online. Nascia assim o sleeveface.


A invenção logo ficou famosa fora do país de Gales e ganhou o mundo. Pessoas de todas as partes aderiram a pratica, o que levou Morris a criar o site sleeveface.com para servir de acervo para sua criação: “O propósito do sleeveface sempre foi divertir as pessoas e fazê-las tirar fotos inusitadas. Eu achei que faria sucesso com viciados em vinil, mas me surpreendi com a aceitação da coisa ao redor do mundo. Praticar o sleeveface se tornou levemente competitivo, mas de um jeito saudável, devido à criatividade das pessoas”, explica satisfeito.

O site está em constante atualização e exibe mais de 500 fotos de colaboradores dos quatro cantos do planeta e notícias, inclusive uma pesquisa brasileira (e o primeiro trabalho acadêmico a respeito do assunto) sobre a redescoberta do vinil na era da cibercultura através do sleeveface, além de anunciar o lançamento do livro “Sleeveface – Be the vynil”, que carrega uma coletânea com mais de 200 fotos de diversas partes do mundo. Foram criados também os grupos do Flickr e do Facebook, para unir os fãs da brincadeira na internet. Quem se interessou pode colaborar aderindo a essas comunidades virtuais. Seguem abaixo algumas fotos para servir de inspiração e um vídeo (em inglês) que ensina como fazer o sleeveface: clique aqui.

Postado por Tiago Távora



Wilson Simonal

Wilson Simonal foi um dos maiores cantores dos anos sessenta. De voz afinada e cheio de swing, foi conquistando seu lugar aos poucos. De início integrou vários conjuntos musicais como "crooner" e, de apresentações em clubes, foi ganhando popularidade. Cantava uma mistura de samba com música pop e tinha influência da música negra norte-americana com toques de jazz. Seu primeiro álbum "Wilson Simonal tem algo a mais", em 1963, continha o sucesso "Balanço Zonal Sul." Seu segundo disco,"A nova dimensão do samba" fez sucesso no Rio e em São Paulo e a música "Jeito Bom de Sofrer", com arranjo Eumir Donato mostrou o lado comercial do cantor. O disco permaneceu muitas semanas nas paradas.



Essa parceria rendeu outros álbuns "Wilson Simonal", com destaque para a canção "Garota Moderna" e "S'imbora", ambos de 1965.




As capas de seus discos mostravam toda sua irreverência, como exemplo da capa de um compacto que mostra sua alegria, a camisa colorida e o selo dos patrocinadores estampados em uma época que a liberdade era controlada.
Em 1966 o álbum "Vou Deixar Cair" popularizou o ritmo dançante de Simonal emplacando nas paradas "Meu Limão Meu Limoeiro" e "Mamãe passou açúcar em mim". Tanto sucesso levou o artista á TV Record, lançando o programa "Show em Si...monal" que lhe rendeu um álbum gravado ao vivo.





A partir de 1962 Wilson Simonal lançou uma série de quatro álbuns intitulados "Alegria Alegria" com participações de grandes artistas como Jorge Ben e Caetano Veloso. E embalado por grandes sucessos como : "Sá Marina","Zazueira", "Que Maravilha" e "País Tropical".


Em 1970, a venda de seus discos chegou em 500 mil, ultrapassando o Rei Roberto Carlos. Mas com a intensa repressão da ditadura, Simonal foi acusado como informante do regime militar e seu álbum "Jóia" caiu nas paradas. Os rádios começaram a se recusar a tocar suas músicas, músicos o boicotavam e não havia mais espaço para ele na televisão. A gravadora então rescindiu seu contrato.


Seus discos lançados logo após o escândalo como “Se Dependesse de Mim” (1972) e “Ninguém Proíbe o Amor” (1975) não causaram impacto. Ainda tentou retomar o sucesso com o compacto "A Vida é só para cantar", mas a mídia logo lembrou sua fama de delator.



Os álbuns seguintes “Se Todo Mundo Cantasse Seria Bem Mais Fácil Viver” (1979), “Simonal” (1983), “Alegria Tropical”(1985), “Os Sambas da Minha Terra”(1991) e “Bem Brasil – Estilo Simonal” (1998, seu 37o e último álbum) não tiveram repercussão, e Simonal ficou restrito a apresentações em pequenos clubes e boates


Apesar de sua popularidade em países como Chile e Cuba, Simonal nunca conseguiu se recuperar artisticamente e morreu no ostracismo aos 62 anos, em São Paulo, vítima de falência múltipla nos órgãos. Seus filhos, hoje os cantores Wilson Simoninha e Max de Castro pretendem recuperar o legado musical do pai. Em 2009, estreou nos cinemas o documentário “Ninguém Sabe O Duro Que Dei”.

Postado por Cecília Escobar


segunda-feira, 21 de junho de 2010

Farpas de arame entre Rihanna e lutador

O lutador americano Paul Heyman, idealizador do CD “ECW: Extreme Music”, álbum que reuniu bandas como Motörhead, White Zombie e Megadeth. O CD serviu para alavancar o Extreme Championship Wrestling, campeonato de luta livre. Na capa do álbum, o lutador aparece com o braço direito levantado e o corpo envolto de arame farpado. Em 2009, a cantora e modelo Rihanna lançou o álbum Russian Roulette. Na capa, em um estilo mais futurista, a cantora aparece em uma posição bastante parecida a do lutador Paul Heyman. Ela está com o braço direito levantado e com o corpo envolto de arame farpado. As únicas diferenças é que Heyman está com um cigarro na boca e com o corpo ensanguentado. ECW: Extreme Musica rendeu ao Motörhead uma indicação ao Grammy de 2000, vencido pelo Black Sabbath.
Postado por Bruno Saldanha


Entrevista



O cheiro de poeira de algum sebo ou aquele plástico inconveniente que embala o cd, a capacidade da imagem tornar a canção algo físico e a estante mais colorida pela diversidade trazendo uma identificação capaz de fazer o colecionador passar horas envolvido ali, ouvindo, tocando e olhando. Não fosse o lado emocional da coisa, a identificação proporcionada também pela imagem, os downloads já teriam jogado vinis e CDs para escanteio. Independente da facilidade de se baixar qualquer álbum, existe cada vez mais a necessidade de consumir algo além da música, qualquer coisa capaz de acompanhá-la.
A música é a arte completa, sensorial e performática. Por ela, o ser humano é capaz de definir seus interesses e formar grupos para consumo ou produção cultural, que está cada vez mais acessível. É possível revisitar outras décadas, desconstruir e reconstruir mesmo dentro de casa, com alta qualidade. Tal facilidade faz com que o mainstream não seja mais a única forma de se chegar ao público. Por isso, a imagem é uma referência forte de aproximação entre produtor e ouvinte.
Atento a isso, o musico e produtor Marcel Dadalto, percebeu o crescimento na produção cultural ao seu redor - em tempos de internet, pouco importa a localização. Ele, que é programador da banda Zémaria desde 2002, se uniu a amigos possibilitando uma projeção em grupo. Em 2009, criou o coletivo e selo Smoke Island.


Na entrevista abaixo, ele comenta as mudanças do mercado fonográfico no que diz respeito à imagem e sua relação de músico e também consumidor.

- Como você avalia a junção de música e imagem no Zémaria?


Marcel: Acho que as duas coisas se complementam. A arte de um disco pode dizer muito sobre o conteúdo das letras, o clima que se quer passar com as músicas ou mesmo dar uma "cara", uma imagem para o trabalho.




- Como foi o processo criativo da capa do The Space Ahead? Vocês escolhem de acordo com as músicas?


Marcel: Foi tudo em função do título. Tudo veio a partir das nossas idéias e devaneios em cima do nome The Space Ahead, e suas várias formas de interpretação. A gente ficou dias pesquisando referências de imagens e outras capas de bandas. Chegamos a 2, 3 resultados diferentes e fizemos uma montagem resultante destes testes.




- Você acha que o cuidado na arte gráfica de um álbum tem grande importância?


Marcel: Sim, muita! Quem nunca comprou um disco pela capa, ou baixou algo só por que a foto de divulgação era bacana? A imagem muitas vezes chega na frente da música.



- Conhece algum álbum que tinha a arte de baixa qualidade, mas musicalmente era ótimo? E o contrário?

Marcel: Nossa isso rola muito. As duas situações são muito comuns no mundo da música. Mas aí vai de cada um fazer o seu próprio filtro também, e escolher o que quer assimilar de cada artista. A capa do disco do Phoenix acho meio sem sal, mas as músicas são incríveis.


- Alguma capa de disco te marcou?

Marcel: Eu adoro o poder de síntese, o minimalismo, estéticas que conseguem expressar muita coisa com muito pouco. O Substance, do New Order, por exemplo. Lembro que eu fiquei muito intrigado pra saber que tipo de música poderia ter aquele disco com a capa toda branca. Acabei virando fã deles depois de ouvir as músicas deste álbum. Como podia aquela capa tão despretensiosa com músicas tão fodas?


- A capa te influencia na compra de um disco?

Marcel: Com certeza! Principalmente quando estou procurando coisas novas pra ouvir, me deixo levar bastante pela arte gráfica em geral. Não só a capa, mas também o layout do myspace, foto de divulgação, logo.


- Que tipo de cuidado vocês da Smoke Island tem em relação arte dos EP's?

Marcel: A gente tenta fazer um padrão do selo. Mas de uns tempos pra cá a coisa tem sido mais livre e os artistas tem trazido suas próprias referências e códigos. Acho isso ótimo porque diversifica e representa bem o que estamos fazendo com a música, já que cada artista do selo segue por um caminho diferente.


- Você acha que a capa já ditou o sucesso de algum disco? Qual?

Marcel: Sucesso não sei, mas polêmica já rolou muita. Já teve muito disco que teve que refazer a capa pra entrar no mercado americano, que é bem mais careta, por exemplo.


- Com o surgimento de novas tecnologias e todas as últimas mudanças no mercado fonográfico, você acha que a preocupação estética da arte está mudando?

Marcel: Mudando está, mas não sei se para melhor. Eu particularmente tenho ficado meio de bode dessas capas de photoshop. Gosto tanto daquelas capas que são realmente trabalhos artísticos, ou mesmo fotos. Não sei se falo isso por que nossa última capa foi de photoshop, e sempre quando fazemos alguma coisa, depois queremos a antítese do que acabamos de fazer, mas penso em nos próximos discos, tentarmos algo mais orgânico,mais arte e menos computador, com era antes dos anos 2000. Mas isso pode ser apenas uma viagem nossa, que sempre estamos querendo fazer algo que ainda não fizemos.


- Antes, a arte gráfica era a forma mais evidente para vender além da própria música. Hoje em dia existem milhões de formas, qual você acredita que seja a mais forte? Seria capaz de superar o grafismo?

Marcel: A mais forte é a foto flagrante, o paparazzi, a polêmica besta e boba. Eu não curto nada disso, não acho que o Zémaria participe deste mundinho, mas reconheço que o mainstream da música hoje em dia está muito assim, sem graça, sem arte. Exemplos não faltam. Liga no Faustão ou no TMZ que você vai ver.






Postado por Alberto Lobo e Raisa Carlos de Andrade

domingo, 20 de junho de 2010

Disney recria capas de discos famosas na versão infantil

A Disney lançou a pouco tempo três fotos exclusivas na qual recriou algumas das capas mais famosas do mundo, mas dessa vez, os artistas estavam representados por crianças, vestidas exatamente igual aos artistas das capas originais.

As capas criadas foram: “Abbey Road“, dos Beatles, “Parallel Lines“, do Blondie e “Queen II“, do Queen.

A novidade foi feita pelo canal pago Disney XD e divulgada no Brasil pelo site Cifra Club News do Portal Terra.





Postado por Mariana Schneiderman, Paloma de Macedo, Diego Pereira Ferreira e Fernanda Tirre.


Curiosidades sobre a capa do Sgt Peppers

Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band é o oitavo disco de estúdio dos Beatles. Ele foi gravado em 129 dias e foi eleito pela Rolling Stone como não apenas um dos melhores, mas o melhor disco da história entre a seleção de quinhentas feita pela revista. Stg Pepper’s não é só um álbum famoso pelos clássicos presentes como Lucy in the Sky with Diamonds ou With a Little Help from My Friends, entre outros, mas também pelas polemicas que envolvem a capa.
A realidade é que os Beatles tinham uma capa completamente diferente já pronta para o lançamento. Porém foi dada a idéia da capa ser feita novamente por um artista profissional que foi acatada pela banda. A idéia de que os Beatles apareceriam como outra banda dando um concerto já estava decidida. Após algumas conversas surgiu o conceito de uma platéia por trás e assim veio a idéia da colagem da platéia. Essa colagem foi montada por um fotografo profissional em um estúdio e levou 15 dias para ficar pronta. Eram “estátuas” de papelão, praticamente em tamanho real, formando filas dando a idéia de uma platéia e os Beatles posicionados na frente de tudo, sendo a parte real da capa na hora da sessão fotográfica.
Muitos que olham a capa rapidamente não percebem que a platéia é na realidade uma lista de pessoas famosas, escolhidas pelos Beatles. É possível encontrar os comediantes “Gordo e Magro”, Marilyn Monroe, Bob Dylan, entre outros incluindo os próprios em seus famosos terninhos. E claro que personalidades também foram barradas como Ghandi, Jesus Cristo e Hitler todos escolhidos por John Lennon, mas, não selecionadas para evitar uma maior polêmica.
Postado por Camila Gomes Furtado

Beach Boys – Pet sounds


Beach Boys foi um dos grupos mais influentes da época de ouro do Rock, e com Pet Sounds marcou uma geração que influenciou até os Beatles.
Pet Sounds foi criado vários meses após Brian Wilson
ter parado de excursionar com a banda a fim de concentrar sua atenção na escrita e gravação.
Pode-se considerar que este seja o primeiro álbum do art rock
, ou seja, rock em forma de arte no sentido adjetivo da palavra. Os principais alicerces para este álbum são encontrados nos álbuns anteriores de 1965.

O grupo viajou para o San Diego Zoo para fazer as fotos para a capa do álbum, que já havia sido chamado Pet Sounds. As fotos em que os Beach Boys alimentavam uma variedade de caprinos foi uma brincadeira com título escolhido do álbum, Pet Sounds. O título veio do desejo de Brian de prestar homenagem a Phil Spector, nomeando o álbum com suas iniciais, e a idéia de que o ouvido no álbum era 'pet'.
O disco foi lançado em lançado 16 de maio de 1966
.
Postado por Diego Goulart

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Green Day - Dookie

Dookie é uma gíria que significa cocô. O disco levou esse nome em lembrança a uma experiência coque os integrantes do Green Day tiveram com o abuso de drogas. A capa do disco é uma história à parte. Foi desenhada por Richie Bucher e traz uns cachorros travando uma guerra de “Dookie”. O cenário é a Bay Area. Mike, baixista do Green Day falou em uma entrevista: "nós acreditamos que os cachorros vão conquistar o mundo, e quando isso acontecer eles vão acertar todo mundo com merda". Veja os desenhos do disco e acompanhe-os.
Dookie é um clássico do Punk Rock, foi lançado em 1994 e é até hoje o maior disco da banda, com 30 milhões de copias vendidas. Este disco foi o terceiro lançado pela banda.
Com as músicas como "When I Come Around", "Basket Case" e "
Longview" todos indo para o primeiro lugar na parada musical de rock moderno da Billboard, Dookie logo ficou em primeiro lugar na parada dos álbuns, ganhou um Grammy por "Melhor Álbum de Música Alternativa".

Postado por Diego Goulart


Capas de discos bizarras

As capas, da grande bolacha preta de vinil, foram usadas muitas vezes como extensão artística das bandas e grupos daquela época.
Estúdios de design ficaram famosos e ricos bolando capas inusitadas, como o Hipgnosis, que, entre 1968 e 1983, criou as capas dos discos de bandas como Pink Floyd, Led Zeppelin e Genesis.
Mas o que mais se via nas lojas era verdadeiros insultos às artes gráficas. E aos olhos!
Sites como o "hecklerspray.com" reuniram algumas das capas mais infelizes da história da indústria fonográfica.

Representantes “bizarros”:
1 - Esta dupla, formada pelos irmãos Charlie e Ira Louvin, do Alabama, é uma das pioneiras do country americano. Eles começaram cantando músicas gospel nos anos 1940. Essa capa foi um insight de Ira em 1959. Ele morreu em um acidente seis anos depois. Charlie continua vivo.
2 - Essa “obra-prima” é um clássico das capas bizarras. A capa de Back To The S__t (1989), da cantora de hip hop Millie Jackson, é considerada até peloo jornal britânico The Guardian uma das piores capas de todos os tempos.


3 - Manowar nasceu em 1980, em Nova York, e em 1984 entrou para o Guinness, o Livro dos Recordes, com “a performance mais barulhenta do mundo”. O grupo conseguiu atingir o som mais alto jamais tocado em palco (sendo o mesmo comparado ao som emitido pela turbina de um Boeing na altura de levantar voo).

4 - Em 1966 os cachorros já estavam saindo do armário! O cantor John Roberts fez sucesso com uma série de canções nos anos 1950 e 1960. Roberts, apesar dessa capa tosca, foi duas vezes o vencedor do Ivor Novello, prêmio atribuído a letristas e compositores.



Postado por Paloma de Macedo,Mariana Schneiderman,Diego Pereira e Fernanda Tirre

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A história por trás de algumas das capas mais polêmicas

O site da Gisbon, uma das fábricas de guitarras mais famosas do planeta, listou algumas das capas de discos mais controversas da história. Vamos conferir algumas:

Moby Grape - Moby Grape

O primeiro disco dos californianos psicodélicos do Moby Grape saiu em 1967. Por conta da imagem do baterista Don Stevenson mostrando o dedo do meio, o disco teve que ser recolhido logo depois de seu lançamento.

Jimi Hendrix - Electric Ladyland


O terceiro disco do deus da guitarra Jimi Hendrix lançado em outubro de 1968 causou bastante impacto não apenas pelo seu repertório que mudou o rumo rock, mas também por causa da ousadia de sua capa. Uma fotografia de um grupo de belas mulheres nuas estampava Electric Ladyland. Recusada pela gravadora, a capa original acabou sendo substituída por uma foto da cabeça de Hendrix.

Rolling Stones - Beggars Banquet


A idéia da banda era de que a capa de Beggars Banquet, lançado em 1968, levasse a fotografia de um banheiro sujo e repleto de pichações. As gravadoras responsáveis pelo disco, fizeram a banda adiar o lançamento do álbum para que a banda pudesse providenciar uma nova arte: uma imitação de um cartão de convite. A capa original só apareceu em 1984, quando Beggars Banquet foi lançado em CD pela primeira vez.

Blind Faith - Blind Faith

O primeiro e homônimo trabalho do super grupo de Eric Clapton, Steve Winwood e Ginger Baker provoca controvérsia até hoje. O autor da imagem na capa, que exibe uma garota nua segurando um avião prateado, alega que a menor foi fotografada com o consentimento dos pais. Apesar do disco hoje manter a capa original, na época de seu lançamento ele foi recolhido e a imagem da garota substituída por uma foto em preto e branco da banda.


Guns N' Roses - Appetite for Destruction


A arte inicial do primeiro disco do Guns N' Roses, banda acostumada a controvérsias, trazia uma pintura que retratava um robô estuprador prestes a ser atacado por um monstro de metal. Apesar do imenso sucesso comercial (20 milhões de cópias vendidas), os escritórios da gravadora Geffen foram inundados com reclamações e comentários de indignação. Só restou ao selo recolher as capas e substituí-la.







Postado por Cecília Escobar

U2 é Acusado de plágio em Capa de CD

O músico americano Taylor Deupree acusou a banda irlandesa U2 de plágio na capa do CD “No Line On The Horizon”, lançado em 2009. Deupree lançou o CD “Specification Fifteen”, com uma capa quase idêntica, em 2006, três anos antes de Bono Vox e cia. Ambas as capas são baseadas na foto de Hiroshi Sugimoto, entitulada Lake Superior, que mostra a linha do horizonte. Uma foto simples, mas que já deu o que falar no mundo musical. No entanto, Deupree não tomou medidas legais contra os astros da Irlanda: “Seria um música pequeno contra uma máquina da cultura pop. Todos nós sabemos quem venceria esta disputa. A capa é idêntica, só adicionaram duas linhas horizontais cinzas ao centro. Não fizeram qualquer tipo de pesquisa. Do contrário, teriam achado a capa de meu CD com Richard Chartie.”
Foto de Hiroshi Sugimoto: Lake Superior



“Specification Fifteen” cd lançado em 2006 por Taylor Deupree e Richard Chartie.
CD “No Line On The Horizon” do U2.





Postado por Bruno Saldanha

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Furando o olho do mundo


Para os que se detém no primeiro olhar, a fotografia sugere apenas um homem cravando um alfinete gigante na terra, mas a intensidade de sua metáfora talvez só se complete nas páginas do romance “A Metamorfose”, de Franz Kafka, e nas dez faixas do disco “Certa manhã acordei de sonhos intranqüilos”, o sexto da carreira solo de Otto. O álbum é uma transa perfeita entre literatura, música e –por que não? - imagem. Presente do artista plástico pernambucano Tunga, amigo pessoal de cantor, a capa do disco complementa com precisão a intensidade dos sentimentos que o músico deseja transmitir. Sobre seu significado, Otto se limita a dizer: “alguns amigos meus dizem que sou eu furando o olho do mundo”. Com inspiração kafkaniana, o disco indica uma metamorfose na vida do cantor, devido, principalmente, ao rompimento de seu casamento com a atriz Alessandra Negrini. Para os que se deixam ser alfinetados, a mudança pode ser, mais que uma sugestão, uma prazerosa fatalidade.
Postado por Diego Ferreira, Fernanda Tirre, Mariana Schneiderman e Paloma de Macedo.

domingo, 13 de junho de 2010

Californication

As mensagens subentendidas do álbum Californication da banda Red Hot Chili Peppers, começam pelo título. Apesar de o vocalista Antony Kiedis negar, existe um duplo entendimento em Californication nome ,como muitos afirmam, que é uma mistura de Califórnia com fornication fazendo alusão à fornicação.

Um detalhe que salta aos olhos logo que se presta atenção na capa do CD é a mistura entre o céu e a água da piscina, pode-se perceber a presença de nuvens na piscina e ondas no céu; a piscina é o céu e o céu é a piscina.

Olhando a capa de cabeça para baixo, pode-se perceber um cavalo no desenho das nuvens na piscina. Já com a capa virada ao normal, percebe-se um sapo à beira da piscina, que simboliza transformação e o reflexo de um anjo bem sutilmente no vidro atrás da piscina perto do sapo, que significa purificação. Juntando os dois símbolos, a idéia trazida é de se purificar inicialmente, se desprender de conceitos engessados para chegar à transformação.





Postado por Maryne Miranda, Janaína Quinet, Nathalia Moura, Tiago Távora e Camila Furtado.

sábado, 12 de junho de 2010

Censura americana

Capa de disco de Black Crowes. Amorica é o terceiro álbum da banda, de 1994. A ilustração do biquíni possui desenhos que remetem a bandeira norte-americana além de mostrar o close de uma mulher, que tem parte de seus pêlos púbicos expostos.
A capa Amorica chegou ao top 10 da parada norte-americana, vendendo mais de 500.000 mil cópias. Porém, seu visual não causou boa impressão nas lojas, resultando numa devolução quase total das cópias. Até porque estampar um biquíni nada comportado e politicamente incorreto nunca iria dar certo nos Estados Unidos.
Postado por Andrea Gomes, Marcelle Maia e Maurício Maciel

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Tabelinha entre craques

Estamos a menos de um mês de começar a Copa do Mundo 2010, e para entrar no clima do futebol, nada melhor que relembrarmos a parceria do “rei do futebol”, Pelé, e uma das mais conceituadas cantoras da Música Popular Brasileira, Elis Regina. A dupla gravou um compacto, de nome “Tabelinha”, no ano de 1969, pela Philips/CBD, hoje Universal Music, com as canções “Vexamão” e “Perdão Não Tem”.

O disco foi o primeiro gravado com a participação do “Rei Pelé” e pode ser encontrado no CD duplo “Elís Regina 20 anos de Saudades”, gravado em 2002 pela Universal Music. Em “Vexamão”, Pelé brinca com o fato de não saber cantar e em “ Perdão Não Tem” são abordados os temas amor e a saudade.


Links Youtube:

Vexamão: clique aqui! Perdão, Não Tem: clique aqui!



Fontes e sites:

http://www.youtube.com/

http://www.dicionariompb.com.br/








Postado por Enrique Faber da Silva

Claudia Leitte pediu ajuda para seus fãs


A cantora Claudia Leitte mediante seu Twitter pediu ajuda aos seus fãs internautas para escolher a melhor capa de cd do seu novo álbum. O disco da cantora deve chegar às lojas em maio, com a música “As Máscaras”, que estourou no Carnaval, sendo essa a primeira música de trabalho do álbum. Claudia por meio da internet quis também interagir com seus fãs, dando-lhes a oportunidade de conhecer um pouco mais do novo trabalho musical da cantora, além de escolher a capa que eles preferissem. No twitter da cantora os fãs também podem deixar comentários e opiniões.
Postado por Elena González

quinta-feira, 10 de junho de 2010

The Beatles: Yesterday and Today

No inicio dos anos 60, os discos dos Beatles nos Estados Unidos e Canadá não eram semelhantes aos do Reino Unido. Eram completamente diferentes: capa, nomes e ordens das músicas. Muitas vezes, faixas eram excluídas ou substituídas por singles. Acreditava-se que eram mercados diferentes. No Reino Unido, os responsáveis pelos discos eram a “EMI”, nos Estados Unidos e Canadá era a “Capitol”. Em 20 de junho de 1986 foi lançado pela Capitol um dos discos mais polêmicos da história da indústria fonográfica.Para a capa, os Beatles foram fotografados pelo fotografo Robert Whitaker, que os clicou vestidos de açougueiros, sorridentes, segurando pedaços de carne e bonecos ensangüentados. Surgiram várias especulações e versões para a capa, muitos acreditavam ser um protesto contra a guerra do Vietnã, outros achavam que era uma critica à Capitol pelo desmembramento dos álbuns originais na América. Mais tarde, Robert Whitaker, o fotógrafo, revelou que a imagem foi apenas um sonho que ele teve.
A capa ficou conhecida como “Butcher cover original”. Quando os discos chegaram às lojas, choveram criticas de pessoas achando a fotografia de mau gosto. Para evitar problemas maiores, a Capitol resolveu mandar retirar todos os discos do mercado, mas já era tarde, pois muitas pessoas já haviam comprado. Com muito material prensado a gravadora optou por produzir às pressas outra imagem em papel adesivo, onde os Beatles apareciam ao lado de uma mala com Paul dentro. Essas imagens foram coladas nas primeiras edições do famoso “butcher cover original”, em português “cover do açougueiro original”. Muitos fãs observaram isso e descolaram o adesivo para obter a capa original.
A polêmica em torno da capa e o sucesso da banda na América impulsionaram a vendagem, que superou facilmente a marca de 1,5 milhão de cópias vendidas em menos de três semanas, e permaneceu por cinco semanas no primeiro lugar das paradas americanas. Nos dias de hoje, a versão “butcher cover original” do Yesterday and Today é um dos discos mais raros e valiosos dos Beatles, podendo chegar a valores absurdos no mercado.



Postado por Isabella Gatti e Michele Bouhid


Sangue ou estilo?


Em 2009, a banda galesa Manic Street Preachers lançou o álbum Journal For Plague Lovers. Na capa, a pintura de um rosto de um garoto com tons de vermelho no rosto provocou críticas dos supermercados que encaram aquilo como sangue no rosto de uma criança, incitando a violência contra os jovens. O vocalista da banda, James Bradfield, explicou que a pintura é de autoria de Jenny Saville e que quem conhecia o trabalho dela sabia que ela é adepta dos tons avermelhados e marrons.

O vocalista aproveita e faz uma crítica: “Todo mundo adora ver em capa de revistas e CDs, armas, mulheres nuas, enfim, tudo que é para maiores. Quando uma obra de arte inocente aparece, as pessoas já querem criticar e dizer que nós incitamos a violência contra menores. Acho que as pessoas não nos conhecem e nem à pintora o suficiente para fazer qualquer crítica”, disse ele.

Postado por Bruno Saldanha

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Censura Musical

Quando o golpe militar foi instaurado, em 1964, as bases político-sociais estavam organizadas. Os movimentos estudantis e de trabalhadores, por exemplo, estavam engajados em entidades como a UNE (União Nacional dos Estudantes) e a PUA (Pacto de Unidade e Ação). Mas com a ditadura essas entidades foram asfixiadas ou entraram na clandestinidade. No campo artístico, a Música Popular Brasileira ganhou destaque dando voz à nação. As canções começam a ser produzidas em forma de protesto e as letras continham mensagens de insatisfação com o regime militar que se viu então ameaçado. Não havia um critério específico para que uma música fosse censurada. Às vezes os versos eram modificados por completo, uma frase era substituída ou a música inteira era proibida. Com o AI-5, em 1968, a censura à arte institucionalizou-se. A Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP) atuava tanto por motivos políticos como proteção à moral vigente. Um dos artistas mais perseguidos no período da ditadura foi o cantor e compositor Chico Buarque. Tanto que ele passou a utilizar o pseudônimo de Julinho da Adelaide para que suas canções pudessem ser ao menos avaliadas, já que muitas eram diretamente vetadas somente por conter seu nome na composição. Em 1973, a censura contra Chico Buarque atingiu todos os níveis. Sua peça "Calabar, ou o Elogio à traição" escrita em parceria com Ruy Guerra foi vetada. As consequências também atingiram seu álbum “Chico canta Calabar, o elogio da traição” daquele mesmo ano. A capa do disco trazia a palavra Calabar pichada em um muro.
Os censores concluíram que a capa seria uma agressão, o que resultou em sua proibição. Como alternativa, o álbum foi lançado com uma capa totalmente branca e sem título. O disco trazia canções da peça anteriormente vetada e, por isso, teve várias músicas que foram proibidas pela censura.

O álbum de capa branca foi um fracasso comercial e a gravadora decidiu recolher os álbuns e relançá-lo com uma nova capa, que desta vez trazia uma foto de Chico de perfil com o título "Chico canta.".
Também em 1973, Gal Costa teve censurada a capa do seu disco, "Índia", por conter a foto em close da cantora vestindo uma tanga. E na contracapa fotografia dela vestida de índia e com seios nus. A gravadora Philips comercializou o álbum coberto por um envelope opaco, de plástico azul.



Antes mesmo do AI-5 alguns representantes da MPB já eram vistos pelos militares como inimigos do regime e um deles foi Caetano Veloso. Em 1975, o álbum "Jóia" trazia na capa Caetano Veloso e sua então mulher com o filho, completamente nus, com o desenho de algumas pombas para cobrir-lhe a genitália. Censurado obviamente, o álbum foi relançado somente com as pombas na capa.



Postado por Cecília Escobar