terça-feira, 22 de junho de 2010

Seja o Disco! Sleeveface

Uma nova mania surgiu na internet. Ela envolve capas de vinis, câmeras fotográficas e muita imaginação. Atendendo pelo nome de sleeveface, a brincadeira consiste em usar a capa de um LP como parte de seu corpo, dando vida à imagem do disco. Criador da nova tendência, Carl Morris revelou em entrevista ao blog Collab Docs que tudo surgiu de um acidente: “Há alguns anos atrás, enquanto eu trabalhava de DJ em um bar de Cardiff, no país de Gales, eu segurei um disco bem em frente do meu rosto e um amigo tirou uma foto. Era o MacCartney II do Paul MacCartney (cuja capa é um close no rosto do músico, proporcionando um sleeveface perfeito). Eu postei aquela imagem em um fórum online sobre música. Esse foi o passo inicial para o sucesso que viria depois”. Morris e seus amigos logo começaram a revirar suas coleções atrás de outras capas que servissem para repetir o feito e postar o resultado online. Nascia assim o sleeveface.


A invenção logo ficou famosa fora do país de Gales e ganhou o mundo. Pessoas de todas as partes aderiram a pratica, o que levou Morris a criar o site sleeveface.com para servir de acervo para sua criação: “O propósito do sleeveface sempre foi divertir as pessoas e fazê-las tirar fotos inusitadas. Eu achei que faria sucesso com viciados em vinil, mas me surpreendi com a aceitação da coisa ao redor do mundo. Praticar o sleeveface se tornou levemente competitivo, mas de um jeito saudável, devido à criatividade das pessoas”, explica satisfeito.

O site está em constante atualização e exibe mais de 500 fotos de colaboradores dos quatro cantos do planeta e notícias, inclusive uma pesquisa brasileira (e o primeiro trabalho acadêmico a respeito do assunto) sobre a redescoberta do vinil na era da cibercultura através do sleeveface, além de anunciar o lançamento do livro “Sleeveface – Be the vynil”, que carrega uma coletânea com mais de 200 fotos de diversas partes do mundo. Foram criados também os grupos do Flickr e do Facebook, para unir os fãs da brincadeira na internet. Quem se interessou pode colaborar aderindo a essas comunidades virtuais. Seguem abaixo algumas fotos para servir de inspiração e um vídeo (em inglês) que ensina como fazer o sleeveface: clique aqui.

Postado por Tiago Távora



Wilson Simonal

Wilson Simonal foi um dos maiores cantores dos anos sessenta. De voz afinada e cheio de swing, foi conquistando seu lugar aos poucos. De início integrou vários conjuntos musicais como "crooner" e, de apresentações em clubes, foi ganhando popularidade. Cantava uma mistura de samba com música pop e tinha influência da música negra norte-americana com toques de jazz. Seu primeiro álbum "Wilson Simonal tem algo a mais", em 1963, continha o sucesso "Balanço Zonal Sul." Seu segundo disco,"A nova dimensão do samba" fez sucesso no Rio e em São Paulo e a música "Jeito Bom de Sofrer", com arranjo Eumir Donato mostrou o lado comercial do cantor. O disco permaneceu muitas semanas nas paradas.



Essa parceria rendeu outros álbuns "Wilson Simonal", com destaque para a canção "Garota Moderna" e "S'imbora", ambos de 1965.




As capas de seus discos mostravam toda sua irreverência, como exemplo da capa de um compacto que mostra sua alegria, a camisa colorida e o selo dos patrocinadores estampados em uma época que a liberdade era controlada.
Em 1966 o álbum "Vou Deixar Cair" popularizou o ritmo dançante de Simonal emplacando nas paradas "Meu Limão Meu Limoeiro" e "Mamãe passou açúcar em mim". Tanto sucesso levou o artista á TV Record, lançando o programa "Show em Si...monal" que lhe rendeu um álbum gravado ao vivo.





A partir de 1962 Wilson Simonal lançou uma série de quatro álbuns intitulados "Alegria Alegria" com participações de grandes artistas como Jorge Ben e Caetano Veloso. E embalado por grandes sucessos como : "Sá Marina","Zazueira", "Que Maravilha" e "País Tropical".


Em 1970, a venda de seus discos chegou em 500 mil, ultrapassando o Rei Roberto Carlos. Mas com a intensa repressão da ditadura, Simonal foi acusado como informante do regime militar e seu álbum "Jóia" caiu nas paradas. Os rádios começaram a se recusar a tocar suas músicas, músicos o boicotavam e não havia mais espaço para ele na televisão. A gravadora então rescindiu seu contrato.


Seus discos lançados logo após o escândalo como “Se Dependesse de Mim” (1972) e “Ninguém Proíbe o Amor” (1975) não causaram impacto. Ainda tentou retomar o sucesso com o compacto "A Vida é só para cantar", mas a mídia logo lembrou sua fama de delator.



Os álbuns seguintes “Se Todo Mundo Cantasse Seria Bem Mais Fácil Viver” (1979), “Simonal” (1983), “Alegria Tropical”(1985), “Os Sambas da Minha Terra”(1991) e “Bem Brasil – Estilo Simonal” (1998, seu 37o e último álbum) não tiveram repercussão, e Simonal ficou restrito a apresentações em pequenos clubes e boates


Apesar de sua popularidade em países como Chile e Cuba, Simonal nunca conseguiu se recuperar artisticamente e morreu no ostracismo aos 62 anos, em São Paulo, vítima de falência múltipla nos órgãos. Seus filhos, hoje os cantores Wilson Simoninha e Max de Castro pretendem recuperar o legado musical do pai. Em 2009, estreou nos cinemas o documentário “Ninguém Sabe O Duro Que Dei”.

Postado por Cecília Escobar


segunda-feira, 21 de junho de 2010

Farpas de arame entre Rihanna e lutador

O lutador americano Paul Heyman, idealizador do CD “ECW: Extreme Music”, álbum que reuniu bandas como Motörhead, White Zombie e Megadeth. O CD serviu para alavancar o Extreme Championship Wrestling, campeonato de luta livre. Na capa do álbum, o lutador aparece com o braço direito levantado e o corpo envolto de arame farpado. Em 2009, a cantora e modelo Rihanna lançou o álbum Russian Roulette. Na capa, em um estilo mais futurista, a cantora aparece em uma posição bastante parecida a do lutador Paul Heyman. Ela está com o braço direito levantado e com o corpo envolto de arame farpado. As únicas diferenças é que Heyman está com um cigarro na boca e com o corpo ensanguentado. ECW: Extreme Musica rendeu ao Motörhead uma indicação ao Grammy de 2000, vencido pelo Black Sabbath.
Postado por Bruno Saldanha


Entrevista



O cheiro de poeira de algum sebo ou aquele plástico inconveniente que embala o cd, a capacidade da imagem tornar a canção algo físico e a estante mais colorida pela diversidade trazendo uma identificação capaz de fazer o colecionador passar horas envolvido ali, ouvindo, tocando e olhando. Não fosse o lado emocional da coisa, a identificação proporcionada também pela imagem, os downloads já teriam jogado vinis e CDs para escanteio. Independente da facilidade de se baixar qualquer álbum, existe cada vez mais a necessidade de consumir algo além da música, qualquer coisa capaz de acompanhá-la.
A música é a arte completa, sensorial e performática. Por ela, o ser humano é capaz de definir seus interesses e formar grupos para consumo ou produção cultural, que está cada vez mais acessível. É possível revisitar outras décadas, desconstruir e reconstruir mesmo dentro de casa, com alta qualidade. Tal facilidade faz com que o mainstream não seja mais a única forma de se chegar ao público. Por isso, a imagem é uma referência forte de aproximação entre produtor e ouvinte.
Atento a isso, o musico e produtor Marcel Dadalto, percebeu o crescimento na produção cultural ao seu redor - em tempos de internet, pouco importa a localização. Ele, que é programador da banda Zémaria desde 2002, se uniu a amigos possibilitando uma projeção em grupo. Em 2009, criou o coletivo e selo Smoke Island.


Na entrevista abaixo, ele comenta as mudanças do mercado fonográfico no que diz respeito à imagem e sua relação de músico e também consumidor.

- Como você avalia a junção de música e imagem no Zémaria?


Marcel: Acho que as duas coisas se complementam. A arte de um disco pode dizer muito sobre o conteúdo das letras, o clima que se quer passar com as músicas ou mesmo dar uma "cara", uma imagem para o trabalho.




- Como foi o processo criativo da capa do The Space Ahead? Vocês escolhem de acordo com as músicas?


Marcel: Foi tudo em função do título. Tudo veio a partir das nossas idéias e devaneios em cima do nome The Space Ahead, e suas várias formas de interpretação. A gente ficou dias pesquisando referências de imagens e outras capas de bandas. Chegamos a 2, 3 resultados diferentes e fizemos uma montagem resultante destes testes.




- Você acha que o cuidado na arte gráfica de um álbum tem grande importância?


Marcel: Sim, muita! Quem nunca comprou um disco pela capa, ou baixou algo só por que a foto de divulgação era bacana? A imagem muitas vezes chega na frente da música.



- Conhece algum álbum que tinha a arte de baixa qualidade, mas musicalmente era ótimo? E o contrário?

Marcel: Nossa isso rola muito. As duas situações são muito comuns no mundo da música. Mas aí vai de cada um fazer o seu próprio filtro também, e escolher o que quer assimilar de cada artista. A capa do disco do Phoenix acho meio sem sal, mas as músicas são incríveis.


- Alguma capa de disco te marcou?

Marcel: Eu adoro o poder de síntese, o minimalismo, estéticas que conseguem expressar muita coisa com muito pouco. O Substance, do New Order, por exemplo. Lembro que eu fiquei muito intrigado pra saber que tipo de música poderia ter aquele disco com a capa toda branca. Acabei virando fã deles depois de ouvir as músicas deste álbum. Como podia aquela capa tão despretensiosa com músicas tão fodas?


- A capa te influencia na compra de um disco?

Marcel: Com certeza! Principalmente quando estou procurando coisas novas pra ouvir, me deixo levar bastante pela arte gráfica em geral. Não só a capa, mas também o layout do myspace, foto de divulgação, logo.


- Que tipo de cuidado vocês da Smoke Island tem em relação arte dos EP's?

Marcel: A gente tenta fazer um padrão do selo. Mas de uns tempos pra cá a coisa tem sido mais livre e os artistas tem trazido suas próprias referências e códigos. Acho isso ótimo porque diversifica e representa bem o que estamos fazendo com a música, já que cada artista do selo segue por um caminho diferente.


- Você acha que a capa já ditou o sucesso de algum disco? Qual?

Marcel: Sucesso não sei, mas polêmica já rolou muita. Já teve muito disco que teve que refazer a capa pra entrar no mercado americano, que é bem mais careta, por exemplo.


- Com o surgimento de novas tecnologias e todas as últimas mudanças no mercado fonográfico, você acha que a preocupação estética da arte está mudando?

Marcel: Mudando está, mas não sei se para melhor. Eu particularmente tenho ficado meio de bode dessas capas de photoshop. Gosto tanto daquelas capas que são realmente trabalhos artísticos, ou mesmo fotos. Não sei se falo isso por que nossa última capa foi de photoshop, e sempre quando fazemos alguma coisa, depois queremos a antítese do que acabamos de fazer, mas penso em nos próximos discos, tentarmos algo mais orgânico,mais arte e menos computador, com era antes dos anos 2000. Mas isso pode ser apenas uma viagem nossa, que sempre estamos querendo fazer algo que ainda não fizemos.


- Antes, a arte gráfica era a forma mais evidente para vender além da própria música. Hoje em dia existem milhões de formas, qual você acredita que seja a mais forte? Seria capaz de superar o grafismo?

Marcel: A mais forte é a foto flagrante, o paparazzi, a polêmica besta e boba. Eu não curto nada disso, não acho que o Zémaria participe deste mundinho, mas reconheço que o mainstream da música hoje em dia está muito assim, sem graça, sem arte. Exemplos não faltam. Liga no Faustão ou no TMZ que você vai ver.






Postado por Alberto Lobo e Raisa Carlos de Andrade

domingo, 20 de junho de 2010

Disney recria capas de discos famosas na versão infantil

A Disney lançou a pouco tempo três fotos exclusivas na qual recriou algumas das capas mais famosas do mundo, mas dessa vez, os artistas estavam representados por crianças, vestidas exatamente igual aos artistas das capas originais.

As capas criadas foram: “Abbey Road“, dos Beatles, “Parallel Lines“, do Blondie e “Queen II“, do Queen.

A novidade foi feita pelo canal pago Disney XD e divulgada no Brasil pelo site Cifra Club News do Portal Terra.





Postado por Mariana Schneiderman, Paloma de Macedo, Diego Pereira Ferreira e Fernanda Tirre.


Curiosidades sobre a capa do Sgt Peppers

Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band é o oitavo disco de estúdio dos Beatles. Ele foi gravado em 129 dias e foi eleito pela Rolling Stone como não apenas um dos melhores, mas o melhor disco da história entre a seleção de quinhentas feita pela revista. Stg Pepper’s não é só um álbum famoso pelos clássicos presentes como Lucy in the Sky with Diamonds ou With a Little Help from My Friends, entre outros, mas também pelas polemicas que envolvem a capa.
A realidade é que os Beatles tinham uma capa completamente diferente já pronta para o lançamento. Porém foi dada a idéia da capa ser feita novamente por um artista profissional que foi acatada pela banda. A idéia de que os Beatles apareceriam como outra banda dando um concerto já estava decidida. Após algumas conversas surgiu o conceito de uma platéia por trás e assim veio a idéia da colagem da platéia. Essa colagem foi montada por um fotografo profissional em um estúdio e levou 15 dias para ficar pronta. Eram “estátuas” de papelão, praticamente em tamanho real, formando filas dando a idéia de uma platéia e os Beatles posicionados na frente de tudo, sendo a parte real da capa na hora da sessão fotográfica.
Muitos que olham a capa rapidamente não percebem que a platéia é na realidade uma lista de pessoas famosas, escolhidas pelos Beatles. É possível encontrar os comediantes “Gordo e Magro”, Marilyn Monroe, Bob Dylan, entre outros incluindo os próprios em seus famosos terninhos. E claro que personalidades também foram barradas como Ghandi, Jesus Cristo e Hitler todos escolhidos por John Lennon, mas, não selecionadas para evitar uma maior polêmica.
Postado por Camila Gomes Furtado

Beach Boys – Pet sounds


Beach Boys foi um dos grupos mais influentes da época de ouro do Rock, e com Pet Sounds marcou uma geração que influenciou até os Beatles.
Pet Sounds foi criado vários meses após Brian Wilson
ter parado de excursionar com a banda a fim de concentrar sua atenção na escrita e gravação.
Pode-se considerar que este seja o primeiro álbum do art rock
, ou seja, rock em forma de arte no sentido adjetivo da palavra. Os principais alicerces para este álbum são encontrados nos álbuns anteriores de 1965.

O grupo viajou para o San Diego Zoo para fazer as fotos para a capa do álbum, que já havia sido chamado Pet Sounds. As fotos em que os Beach Boys alimentavam uma variedade de caprinos foi uma brincadeira com título escolhido do álbum, Pet Sounds. O título veio do desejo de Brian de prestar homenagem a Phil Spector, nomeando o álbum com suas iniciais, e a idéia de que o ouvido no álbum era 'pet'.
O disco foi lançado em lançado 16 de maio de 1966
.
Postado por Diego Goulart