O primeiro disco a ser fabricado com capas ilustradas foi o “Smash Song Hits” de Rodgers & Hart. O titulo, os artistas e o nome da gravadora estão escritos em caracteres luminosos sobre a marquise de uma casa de shows da Broadway; todo ele ilustrado sobre as linhas vermelhas de um disco.
Lançada a idéia e reconhecido o êxito da primeira capa ilustrada, a Columbia Records contrata, em 1942, James Flora, que idealizou, durante a década de 40, capas de cores muito vivas que representavam geralmente a caricatura do próprio músico. As capas desenhadas por James Flora enfatizavam a alegria da música, com um notável estilo pré-colombiano, como as capas feitas para Gene Krupa e Kid Ory.
Nos anos 50, o jazz havia mudado, e, com ele, suas capas sofreram uma nova transformação, possibilitada pelo surgimento do método de impressão em offset e a melhora das técnicas fotográficas. A Contemporary Records e a Pacific Records foram os dois selos pioneiros nesta época. A partir de então, o fotógrafo William Claxton surge para instituir um novo padrão para o registro do jazz. Suas imagens são registradas na Costa Oeste norte-americana, onde o sol da Califórnia e o azul do oceano pacífico atuam para consolidar esse novo estilo colorido em contraposição com o predominante preto e branco da Costa Leste. A capa da coletânea “Jazz West Coast”; a de Chet Baker em um barco, do disco “Chet Baker and Crew”, ou a de Sonny Rollins em “Way Out West” são claros exemplos deste estilo.
Também na década de 50, o extraordinário artista David Stone Martin vai imprimir seu estilo nas capas do selo Verve. Seus desenhos ilustram as capas dos álbuns de Count Basie, Charlie Parker, Lionel Hampton e outros artistas. São pequenas obras-primas de simplicidade e beleza.
Contratado pela gravadora Blue Note - que surgiu em 1956 -, Red Miles, um brilhante designer da música clássica, teve ótimas idéias que contribuíram para dar ao selo um look moderno e original, mas que rapidamente seria imitado. Para isso, contou com o fotógrafo Francis Wolf, que tinha um estilo muito peculiar. Wolf fotografava as pernas de uma mulher passeando pela rua, como em “Cool Struttin”, de Sonny Clark; a cabeça de um músico cortada pela metade, como em “A Fickle Sonance”, de Jackie Mclean; ou um instrumento ocupando mais espaço do que o próprio músico, como em “Hustlin”, de Stanley Turrentine.
Postado por Diego Ferreira, Fernanda Tirre, Mariana Schneiderman e Paloma de Macedo
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